Após a colheita, as folhas são amarradas em maços e penduradas para secar e amadurecer, em espaços onde é feito o controlo da temperatura. Os talos são separados das folhas para a sua fermentação. Esta elimina as impurezas, a nicotina e refina o sabor do fumo. As folhas são de
pois separadas de acordo com a cor, o formato, a espessura e a resistência.
A estrutura de um charuto feito à mão compreende as seguintes partes: a folha do INVÓLUCRO (Capa), a folha da SUBCAPA (Capote) e as folhas que constituem o ENCHIMENTO (Miolo ou Tripa). A folha do invólucro é o elemento mais importante e corresponde, mais ou menos, a 60% do paladar; deve ser macia e dobrar-se com facilidade. Esta folha, que envolve a subcapa, deve ter uma coloração uniforme.
Os charutos de sabor suave possuem, geralmente, um invólucro Sumatra, Java ou Connecticut. Os charutos encorpados são feitos com invólucros do Brasil, da Colômbia, do México ou de Cuba.

A subcapa tem a função de envolver e sustentar o enchimento. Ela tem influência sobre a velocidade da queima, do aroma e do paladar . Para a subcapa são escolhidas as folhas mais flexíveis e resistentes que se encontram na parte inferior da planta.
O enchimento representa o coração do charuto. A sua composição ou mistura é fundamental para um charuto de selecção. É no segredo dessa mistura das folhas e na preparação adequada que reside a arte de um bom charuto. As folhas são dobradas em fole de forma a circular o ar e o fumo. Há três camadas da planta que podem ser de dois tipos: long filler (fumo inteiro) ou short filler (fumo picado).
As condições do solo, a temperatura e a humidade são essenciais e necessárias para uma boa qualidade das folhas para charuto. Assim, os charutos produzidos na República Dominicana, na Nicarágua, no México, em Cuba ou no Brasil não podem ser iguais, pelo facto das características locais serem diferentes. Os charutos “premium” são feitos à mão com folhas inteiras, que beneficiam da qualidade do solo, do clima, das técnicas de cultivo e do processo artesanal de enrolar as folhas.

Quijote de la Mancha”, obra do escritor espanhol Miguel de Cervantes Saavedra (1547-1616).
i a proliferação de séries de cintas, de temas diversos, e a consequente venda desmedida de charutos, sem que para isso se alterasse a qualidade do produto final – ocharuto.
elho, o Gato de Botas, Tintin e Milú, Pinóquio, Alice no País das Maravilhas, a Casa de Chocolate), religião, enfim, mil e uma cores em tamanhos pequenos, médios e grandes, à procura de namorar os coleccionadores.
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Algumas das personalidades fumadoras de charutos foram os actores Charles Chaplin, Groucho Marx, B+de+hpqscan0001.jpg)




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nando VII de Espanha. Em 1840, Cuba já era a maior produtora de charutos do mundo. Em 1898, Cuba passou por uma fase política agitada que resultou na sua independência de Espanha. Nessa época, muitas famílias de charuteiros decidiram emigrar para as ilhas próximas, República Dominicana e Jamaica, onde instalaram fábricas de charutos. Também em 1959, após a revolução perpetrada por Fidel Castro, que estatizou as fábricas, muitos mestres da arte de fabricar charutos emigraram para os Estados Unidos, Honduras e Nicarágua e aí continuaram o fabrico dos “puros”. Um dos motivos que torna os charutos cubanos os melhores do mundo é o microclima da ilha, nomeadamente as características do solo, da temperatura e do ar, extremamente particulares. A província de Pinar del Rio é a maior produtora de fumo, em especial na região de Vuelta Abajo. Durante o período tecnológico e cultivo do tabaco (séc. XVII) já os especialistas avaliavam o solo e o clima de Cuba como factores determinantes da incomparável qualidade das folhas produzidas na ilha.




presentam técnicas de impressão diversificadas. Muitos desses rótulos, gravados a ouro em baixo-relevo , podem atingir um preço elevado, de acordo com a sua raridade, antiguidade e estado de conservação. A temática é variada, com especial relevância para os retratos de monarcas e outras personalidades ligadas ao consumo de charutos.






