domingo, 8 de novembro de 2009

Os Contributos Temporais


Os principais promotores de charutos na Europa foram os espanhóis. As estreitas relações que mantinham com os países da América Central e Sul, controlados por Espanha, abriram caminho à degustação de charutos.

Cuba era o espaço privilegiado para o cultivo de tabaco para charutos, devido ao solo, ao clima e à tradição de enrolar os charutos. Em 1821, o rei Ferdinando VII, de Espanha
, decretou que a produção de charutos em Cuba deveria ser expandida e controlada, uma vez que o hábito de fumar já se tinha afirmado em França e Inglaterra.

O Rei Edward VII, de Inglaterra, era um fã incontrolável de charutos. As suas palavras “Cavalheiros, os senhores devem fumar” contribuíram para o hábito de fumar charutos em todo o território britânico. Muitas personalidades têm vindo a tornarem-se fãs dos charutos e algumas emprestam o seu nome à marca de que é exemplo Sir Winston Churchill, de quem se diz ter fumado cerca de trezentos mil durante a sua vida.

Outro estadista que terá tido influência sobre o acto de fumar foi o presidente John F. Kennedy, grande apreciador de charutos cubanos. Todavia, em 1961, depois do fiasco da Baía dos Porcos, assinou uma declaração de embargo a toda e qualquer relação comercial entre os Estados Unidos e Cuba. Face a esta situação, outros países produtores de charutos como o Brasil, República Dominicana, Honduras, Nicarágua e México aproveitaram para ocupar o lugar de Cuba.
Algumas das personalidades fumadoras de charutos foram os actores Charles Chaplin, Groucho Marx, B
ill Crosby, Eduard G. Robinson, Arnold Schwarzenegger; os escritores Somerset Maugham, Rudiard Kipling, Mark Twin, Óscar Wilde; os cientistas Albert Einstein, Sigmund Freud; os políticos Ulisses S. Grant, Otto Von Bismarck, Eduard VII, Farouk, Fidel Castro,
Che Guevara.

A explicação filosófica para a degustação ou o prazer de fumar charutos pode ser entendida do seguinte modo: Platão sugeriu que considerássemos a alma como sendo dividida em três partes: a vegetativa sensorial, a espiritual ou sensitiva e a racional, correspondendo cada uma das três categorias aos desejos humanos – o desejo da satisfação dos apetites físicos, o desejo do reconhecimento pelos outros e o desejo de conhecer a verdade.

Considerando a relação que existe entre o consumo do tabaco e a alma humana, podemos tomar como ponto de partida os três processos mais comuns de fumar cigarros, charutos e cachimbo. Os cigarros correspondem à parte vegetativa (o apetite sensorial); os charutos à parte espiritual sensitiva da alma, explicado pela procura da honra, reputação e ambição; o cachimbo à parte racional da alma.

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