domingo, 16 de novembro de 2014

CRISE VITOLFÍLICA… OU TALVEZ NÃO

Já lá vai o tempo em que as fábricas alemãs, belgas, espanholas e holandesas emitiam séries de cintas de charuto, desenvolvendo várias temáticas, num número variável de peças em cada série. Não eram, certamente, cintas de grande qualidade litográfica, mas abordavam aspetos descritivos históricos, políticos, artísticos, sociais e económicos.


A crise europeia, a vários níveis, terá contribuído decisivamente para o entardecer vitolfílico com a cessação da produção das cintas de série, por parte das empresas tabaqueiras.  
Mas, fechada esta grande porta, abriram-se algumas janelas. Refiro-me à proliferação de cintas oriundas de fábricas sediadas na República Dominicana, na Nicarágua e nas Honduras. Não são, evidentemente, cintas clássicas com retratos de personagens mundiais, políticos y membros de casas reais, litografadas em “pan de oro”, nem séries, mas apenas cintas simples, vistosas e coloridas, focando aspetos diversos. 
Sobre a qualidade dos charutos que as cintas documentam, não opino porque não sou fumador, deixo essa tarefa aos especialistas e apreciadores. Sou simplesmente um vitólfilo.