domingo, 8 de novembro de 2009

México : a nascente

O extenso vitolário de marcas mexicanas não permite, aqui e agora, porque o espaço é curto e o tempo breve, um exaustivo estudo descritivo das fábricas e marcas antigas que, devido às perturbações políticas e revoluções constantes, aconteceu no México, nas duas primeiras décadas do século XX. Algumas fábricas foram saqueadas e incendiadas pelo que se perdeu bastante material vitolfílico em depósito. Todavia, o que sobreviveu, consideradas cintas clássicas, tem preços altos no mercado vitolfílico. Estão neste caso as marcas La Rica Hoja, La Violeta, La Perla, Balsa Hermanos, André Corrales, Bernabé Garcia, El Destino, La Família, La Rosa de Oro, Agustin Blanco, La Prueba, entre outras.

Mas, recuperando o tempo, refira-se que a Península de Yucatán é, provavelmente, o local de dá origem ao cultivo do tabaco. Os povos nativos terão sido os primeiros a plantar e a fumar tabaco. Alguns investigadores afirmam que os índios Tainos, do Caribe, já fumavam folhas há dois mil anos, costume que foi seguido pelos Maias da América Central. Esta civilização floresceu no século IV d. C., desenvolveu-se na Península de Yucatán, Honduras e Guatemala, dependia economicamente da agricultura que, para além do milho, cultivava o tabaco, cujo fumo era utilizado em rituais e cerimónias.
Uma relíquia datada do século X, descoberta em território da Guatemala, mostra um Maia fumando folhas juntas por um fio de barbante amarradas em forma de rolo. O povo Maia adquiriu um grau de evolução no que se refere ao conhecimento da matemática e da astrologia, acreditavam que o destino do homem era regido pelos deuses, a quem ofereciam alimentos, sacrifícios humanos e animais.

Nos temas abordados pelas marcas charuteiras mexicanas para embelezar e identificar os charutos, destacam-se os retratos de políticos e homens de estado – Porfírio Diaz, Francisco Madero, Limantour, Miguel Hidalgo, Mondragon, José Canalejas, Benito Juarez; uma referência especial ”Muñeca” de Andrés Corrales.

Das marcas actuais de charutos feitos à mão, salienta-se os Te-Amo, Matacan, Santa Clara e Veracruz. A família Turrent, envolvida na cultura do tabaco há cinco gerações, é o maior fabricante de charutos do México. O primeiro Alberto Turrent emigrou de Espanha para o México em 1880, onde estabeleceu fazendas de tabaco no vale de San Andrés, no sudoeste de Veracruz.

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