sexta-feira, 30 de outubro de 2009

Os charutos e as mulheres

Ao longo dos tempos, tem sido significativo o número de mulheres fumadoras de charutos. Já no século
XVIII, Catarina II, imperatriz da Rússia, era fumadora de charutos (aliás, é-lhe atribuída a invenção da cinta de charuto, para evitar manchar os dedos), pelo que não é novidade o facto das mulheres, hoje, fumarem charutos.

O que acontece é um certo sigilo, alguma privacidade do acto de fumar, remetendo para círculos mais restritos ou mesmo terapia de grupo
a degustação de charutos. Não se trata de uma conquista feminina do “status” social, nem uma equiparação ao hábito masculino, mas tão somente a liberdade, inerente à sua condição humana.

A sociedade ainda reflecte preconceitos no que diz respeito à prática pública das mulheres fumadoras, especialmente de charutos.


Fumar um charuto pode representar uma atitude sexy, onde o prazer se confunde com o vício. Muitas fumadoras de charutos, movendo-se em círculos artísticos ou boémios, quebrando as grilhetas do parece mal ou não é feminino, têm desafiado as regras sociais.

A aparência fálica do charuto serve
para testemunhar a virilidade ou a feminilidade do desejo de reconhecimento dos outros. Há quem defenda que a imagem do charuto está associada ao poder e ao estatuto das colunáveis. Privilégio ou não de certo extracto social, certo é que a classe média já tomou de assalto essas trincheiras.

Entre tantas fumadoras de charutos, muitas escondidas no anonimato, contam-se os nomes das actrizes Marlene Dietrich, Greta Garbo, Jodi Foster, Mae West, Leslie Caron, Demi Moore, Woopi Goldberg, das escritoras George Sand, Colette, das cantoras Fafá de Belém, Madona e da modelo Linda Evangelista.

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