segunda-feira, 21 de maio de 2012

OS JOGOS OLÍMPICOS


O desporto em geral, no qual se salienta o futebol, com fotografias de atletas e equipas, foi também um tema tratado na vitolfília. Sobre os Jogos Olímpicos, existem apenas algumas séries de fábricas europeias, da Alemanha, Bélgica, Espanha e Holanda.

Por volta de 2500 a C., os gregos já faziam homenagens aos deuses, principalmente a Zeus, com a realização de competições. Porém, só em 776 a C. é que ocorrem, pela primeira vez, os Jogos Olímpicos, de forma organizada. Estes jogos da antiguidade eram um festival religioso e atlético que se realizavam no Santuário de Olímpia. 

“Tal como a água é o primeiro dos elementos, como o ouro é a mais preciosa de todas as riquezas, como os raios de sol são a mais ardente fonte de calor, não há combate mais nobre de contar do que o dos Jogos Olímpicos”  Píndaro (518-438 a C).

Os Jogos Olímpicos da era moderna, criados sob os auspícios do Comité Olímpico Internacional (COI), tiveram lugar, pela primeira vez, no estádio Panathinaiko, em Atenas, no ano de 1896, por iniciativa do francês Pierre de Fredy, conhecido como o Barão de Coubertin, fundador do respectivo comité, em 1894.
Na bandeira olímpica, sobre um fundo branco, entrelaçam-se cinco anéis coloridos, que representam a união dos cinco continentes: azul, a Europa; amarelo, a Ásia; negro, a África; verde, a Oceânia e vermelho, a América. 

A chama olímpica simboliza a luz do espírito, do saber e da vida. A corrida com o facho e as suas mudanças exprime a transmissão deste fogo simbólico de geração em geração.
O ideal olímpico é baseado no amadorismo, no respeito pelas regras, no valor do esforço físico. O lema olímpico consta de três palavras “Citius, altius, forcius”, (o mais rápido, o mais alto, o mais forte).

Os Jogos Olímpicos de Inverno foram criados como um recurso aos desportos de neve e gelo, cuja primeira edição foi em 1924, em Chamonix (França). Os primeiros Jogos Paraolímpicos tiveram lugar em Roma, no ano de 1960.

A MITOLOGIA NA VITOLFILIA




A Mitologia é o conjunto de “mitos”, isto é, de narrativas referentes a acontecimentos com os deuses, as deusas, os homens, os animais, os fenómenos da natureza, os seres fabulosos, os sentimentos, as ideias. A Vitolfilia, como documento vinculativo de cultura, retratou as figuras dos deuses e deusas, musas e ninfas da mitologia romana e grega. 

APOLO – Filho de Zeus e irmão de Artemis, era o deus do sol, do bem e do belo, da sabedoria e do raciocínio, do pensamento e da meditação. Armado de um arco e flechas, atingia os homens que queria punir e lhes provocavam epidemias misteriosas.   

CALÍOPE – A mais eminente das musas, presidia à poesia épica e, posteriormente, à poesia lírica e à eloquência. .

CUPIDO – Divindade romana do amor, é identificado com o deus grego Eros.

ELECTRA – Filha de Agamémnon e Clitemnestra, salvou o seu irmão Orestes  de ser assassinado por Egisto, amante de sua mãe. Encarnação do desejo de vingança, a sua figura inspirou tragédias a Sófocles, Esquilo, Eurípides e a autores modernos, entre os quais Sartre e O’Neill.

EROS – Deus do amor, é representado com o aspecto de uma criança, com ou sem asas. Aparece em Homero para significar o impulso que atrai mutuamente dois seres.

HERA – Deusa do casamento, que simboliza a grandeza e a soberania maternal, desposou o seu irmão Zeus. É identificada com a deusa romana Juno. 

JÚPITER – Personifica a luz, os fenómenos celestes, a agricultura. Deus principal e soberano, foi assimilado ao deus grego Zeus.

MARTE – Deus da guerra, filho de Júpiter e de Juno, que segundo a lenda seria pai de Rómulo e de Remo, era também venerado como deus da natureza, da vegetação e protector da agricultura. Era homólogo do deus grego Hermes.

MINERVA – Deusa e patrona dos artistas e do trabalho industrial, era protectora de Roma. A lenda considerava-a filha de Júpiter e de Prudência. Era assimilada à deusa grega Atena.

PSIQUE – Personificação da alma. Amante de Eros, simbolizava particularmente o destino da alma humana aos processos com os problemas do amor. 
                                                    
VÉNUS – deusa do amor e da beleza, era assimilada à deusa grega Afrodite. Adorada por Sila, que a considerava sua protectora, foi venerada por Júlio César, que se dizia seu descendente.

ZEUS – Deus supremo, símbolo da natureza física e dos fenómenos atmosféricos, habitava o Olimpo. Do seu culto faziam parte os Jogos Olímpicos e os Jogos Nemeus. Era assimilado ao deus romano Júpiter. 



sábado, 18 de fevereiro de 2012

Rómulo e Remo

A temática mitológica tem sido tratada pelas fábricas tabaqueiras através dos retratos de deuses e deusas A título de exemplo, aqui fica um pouco da história dos irmãos gémeos, Rómulo e Remo, figuras mitológicas, filhos de Marte (deus da guerra) e da vestal Reia Sílvia, esta descendente de Eneias, um dos heróis de Tróia. Segundo a lenda romana, Amúlio, tio da mãe, tê-los-á lançado ao rio Tibre, dentro de um cesto. Depositados pelas águas junto do Monte Palatino, foram alimentados por uma loba, enviada por Marte, e depois encontrados pelo pastor Fáustulo que os confia aos cuidados de sua esposa, Aca Larência.



Mais tarde, conhecida a sua origem, fundaram a cidade de Roma em 753 a.C., no lugar onde tinham sido depositados. Remo, ao criticar que as muralhas da cidade eram pouco seguras, entra em conflito com Rómulo que, ao sentir-se ofendido, o assassina. Rómulo torna-se o fundador e o primeiro rei de Roma, reinou trinta anos, mas veio a desaparecer durante uma tempestade. Segundo a lenda, tornou-se um deus sob o nome de Quirinus.

Muitas personagens da mitologia, romanas e gregas, estão representadas nas diversas vitolas, nomeadamente Nero, César, Cláudio, Pompeu, Marco António, Máximos, Cleópatra, Vénus, Ceres, Minerva, Atenas, Hera, entre outras.



Tonga

O estudo e catalogação das cintas de charuto (vitolas) abre um leque de conhecimentos, através da pesquisa alargada, que passa para além da simples identificação. Sobre a cinta representada, acreditei tratar-se de uma cinta portuguesa, embora desconhecendo concretamente a fábrica que a produziu. A informação de um coleccionador, antigo empregado da fábrica de tabaco A Tabaqueira, pareceu-me credível, daí o facto de constar no catálogo Vitolário Português, editado pelo Grup Vitolfilic de Barcelona.

Mas, vejamos o que resultou da pesquisa através do termo Tonga. O reino de Tonga é uma monarquia constitucional da Oceânia, situado na Polinésia, desde 1875, tendo-se tornado independente a partir de 1970. O arquipélago é composto por 172 ilhas e ilhotas, sendo a capital Nukualofa, na ilha de Tongatapu. As línguas oficiais são o tongalês e o inglês. O clima é tropical com duas estações distintas, a da chuva e a seca. A moeda é o paanga. A população é de cerca de cento e seis mil habitantes, cuja metade trabalha na agricultura, no cultivo da abóbora, coco, baunilha e banana. O turismo e a pesca constituem as principais fontes de receita.


Na época em que Portugal tinha províncias ultramarinas como Angola e Moçambique, existiam fábricas de tabaco em Luanda e Lourenço Marques. Em Moçambique, Tonga era o nome de uma tribo indígena e uma língua da região de Inhambane. Em Angola, o termo Tonga reportava-se a uma zona demarcada nas fazendas para desbravar. Na província ultramarina de S.Tomé, a palavra Tonga designava os descendentes dos contratados, de origem europeia, nascidos na ilha, cuja primeira geração começou a aprender o Português, falado nas roças, para fins de comunicação.


Em jeito de conclusão, parece-me viável que a cinta tenha origem numa das fábricas referenciadas ou numa das fábricas de Portugal continental.

sexta-feira, 13 de janeiro de 2012

A personagem Carmen

Carmen, ópera cómica em quatro actos do compositor francês Georges Bizet (1838-1875), com libreto de Henri Meilhac e Ludovic Halévy, baseada na novela de Prosper Merimée (1803-1870), estreou em 1875 na Opera-Comique de Paris.

Carmen, é a cigana que usa os seus talentos de dança e canto para enfeitiçar e seduzir vários homens. D. José, cabo do exército, é um homem honesto e decente que, ao envolver-se
com Carmen, torna-se um marginal. Micaela, noiva de José, tenta resgatá-lo da vida destrutiva que ele levava com Carmen. O primeiro acto começa numa praça de Sevilha, onde existe uma fábrica de tabaco e um quartel.

A novela de Prosper Merimée (1847) narra a história de uma bela cigana infiel, que é morta pelo amante, um oficial espanhol. A personagem Carmen rouba e incita a crimes e, quando é assassinada, não tem a morte triunfal da que aparece na ópera.

O filme de Carlos Saura de 1983 conta a historia de um grupo de teatro que tenta realizar um espectáculo baseado na obra Carmen de Bizet, mas o real interage com a fantasia e a história de amor. Durante o processo, o coreógrafo apaixona-se pela dançarina principal do elenco e é quando a realidade e a ficção se confundem

A Carmen do filme de Vicente Aranda (2003) é uma bela e sedutora cigana (Paz Vega) que trabalha numa fábrica de charutos. José (Leonardo Sbaraglia) é um honesto e religioso sargento do exército espanhol que se apaixona loucamente pela cigana e, por amor a ela, se vê envolvido com um grupo de contrabandistas. José, com ciúmes de Carmen que se apaixonou por um toureiro, vive uma tragédia que o levará à decadência e à perdição.

Na abordagem ao tema, o fascínio das ciganas pelos militares e as histórias de vida de Carmen divergem no comportamento da personagem, tornando-as diferentes. A Carmen da ópera é uma heroína, possui força e nobreza por seguir os seus desejos; a do livro revela uma personalidade caracterizada pela marginalidade; a do filme é uma mulher comum.