Já lá vai o tempo em que fumar, especialmente charutos, era
apanágio de homens de negócios, políticos, artistas, atores. A divulgação do
charuto foi publicitada, de certo modo, pelos media. Edward G. Robinson, Orson Welles,
Groucho Marx, Charles Chaplin, Sigmund Freud, Winston Churchill, Fidel Castro, Getúlio
Vargas, entre outros, marcaram a sua geração fumando belos charutos.
Hoje, fumar um charuto acontece em círculos fechados ou em
eventos, nomeadamente casamentos, em espaços abertos, por um estrato da
população idónea e por alguns jovens, na descoberta do prazer de fumar.
Algumas fábricas holandesas, belgas e alemãs apanhadas pela
crise mundial fecharam as suas portas e, deste modo, a produção de charutos
ficou claramente reduzida. Será que a publicidade feita sobre o mal que o
tabaco provoca afetou os fumadores?
Fechadas as portas dessas fábricas, o não fabrico de charutos
prejudicou as emissões de cintas de charuto que desenvolviam temáticas de
factos históricos mundiais, aspetos da fauna e da flora e os retratos de
figuras ilustres. Todavia, as fábricas de charutos sediadas na República
Dominicana, Nicarágua e Honduras têm documentado os seus charutos com cintas,
que embora coloridas e brilhantes, não desenvolvem temas em séries,
limitando-se a peças isoladas.
Por outro lado, o colecionismo das cintas de charuto, que
proporciona o conhecimento cultural de temas políticos, económicos e sociais e
o intercâmbio de duplicados com outros colecionadores fica limitado às
efemérides do passado, deixando em status quo a abertura à inovação.
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