sexta-feira, 20 de julho de 2018

O tempora! O mores!

Já lá vai o tempo em que fumar, especialmente charutos, era apanágio de homens de negócios, políticos, artistas, atores. A divulgação do charuto foi publicitada, de certo modo, pelos media. Edward G. Robinson, Orson Welles, Groucho Marx, Charles Chaplin, Sigmund Freud, Winston Churchill, Fidel Castro, Getúlio Vargas, entre outros, marcaram a sua geração fumando belos charutos.

Hoje, fumar um charuto acontece em círculos fechados ou em eventos, nomeadamente casamentos, em espaços abertos, por um estrato da população idónea e por alguns jovens, na descoberta do prazer de fumar.

Algumas fábricas holandesas, belgas e alemãs apanhadas pela crise mundial fecharam as suas portas e, deste modo, a produção de charutos ficou claramente reduzida. Será que a publicidade feita sobre o mal que o tabaco provoca afetou os fumadores?             

Fechadas as portas dessas fábricas, o não fabrico de charutos prejudicou as emissões de cintas de charuto que desenvolviam temáticas de factos históricos mundiais, aspetos da fauna e da flora e os retratos de figuras ilustres. Todavia, as fábricas de charutos sediadas na República Dominicana, Nicarágua e Honduras têm documentado os seus charutos com cintas, que embora coloridas e brilhantes, não desenvolvem temas em séries, limitando-se a peças isoladas.

Por outro lado, o colecionismo das cintas de charuto, que proporciona o conhecimento cultural de temas políticos, económicos e sociais e o intercâmbio de duplicados com outros colecionadores fica limitado às efemérides do passado, deixando em status quo a abertura à inovação.        

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