Já lá vai o tempo em
que as fábricas alemãs, belgas, espanholas e holandesas emitiam séries de
cintas de charuto, desenvolvendo várias temáticas, num número variável de peças
em cada série. Não eram, certamente, cintas de grande qualidade litográfica,
mas abordavam aspetos descritivos históricos, políticos, artísticos, sociais e
económicos.
A crise europeia, a
vários níveis, terá contribuído decisivamente para o entardecer vitolfílico com
a cessação da produção das cintas de série, por parte das empresas
tabaqueiras.
Mas, fechada esta
grande porta, abriram-se algumas janelas. Refiro-me à proliferação de cintas
oriundas de fábricas sediadas na República Dominicana, na Nicarágua e nas
Honduras. Não são, evidentemente, cintas clássicas com retratos de personagens mundiais,
políticos y membros de casas reais, litografadas em “pan de oro”, nem séries,
mas apenas cintas simples, vistosas e coloridas, focando aspetos diversos.
Sobre a qualidade dos
charutos que as cintas documentam, não opino porque não sou fumador, deixo essa
tarefa aos especialistas e apreciadores. Sou simplesmente um vitólfilo.