domingo, 16 de novembro de 2014

CRISE VITOLFÍLICA… OU TALVEZ NÃO

Já lá vai o tempo em que as fábricas alemãs, belgas, espanholas e holandesas emitiam séries de cintas de charuto, desenvolvendo várias temáticas, num número variável de peças em cada série. Não eram, certamente, cintas de grande qualidade litográfica, mas abordavam aspetos descritivos históricos, políticos, artísticos, sociais e económicos.


A crise europeia, a vários níveis, terá contribuído decisivamente para o entardecer vitolfílico com a cessação da produção das cintas de série, por parte das empresas tabaqueiras.  
Mas, fechada esta grande porta, abriram-se algumas janelas. Refiro-me à proliferação de cintas oriundas de fábricas sediadas na República Dominicana, na Nicarágua e nas Honduras. Não são, evidentemente, cintas clássicas com retratos de personagens mundiais, políticos y membros de casas reais, litografadas em “pan de oro”, nem séries, mas apenas cintas simples, vistosas e coloridas, focando aspetos diversos. 
Sobre a qualidade dos charutos que as cintas documentam, não opino porque não sou fumador, deixo essa tarefa aos especialistas e apreciadores. Sou simplesmente um vitólfilo.     

sábado, 12 de abril de 2014

Muñeca de La Perla

A fábrica mexicana de charutos La Perla foi fundada em 1898 por Andrés Corrales,  natural de Santa Eulalia de Cabranes (Astúrias, Espanha). O primeiro nome comercial da fábrica foi Andrés A. Corrales, passou depois a Andrés Corrales y Cia, resultante de uma sociedade com várias personagens das quais se destaca José Madrazo, tendo na época passado da cidade de Vera Cruz para a cidade de Xalapa.

A fábrica começou a funcionar com noventa e nove marcas adquiridas por Corrales, emtre elas La Violeta e La Rica Hoja.
Relativamente à “Muñeca de La Perla", segundo o vitólfilo valenciano José Pascoal Badelles,  trata-se de Emiliana de Alencon (1870-1946), artista de variedades de Paris, que se iniciou no Circo de Verão, em 1889, quando tinha dezanove anos, juntamente com Agustina Otero Iglesias, dita Carolina Otero “La belle Otero” (1868-1965), natural de Pontevedra (Galicia, Espanha)  e Liana Pugy, fazendo então parte do trio da moda nessa época.
A escolha do retrato de Emiliana para representar a marca La Perla poderá ter sido um atributo à beleza da artista ou como hipótese na sequencia da viagem que Andrés Corrales fez a Paris, onde conheceu a diva, com quem teve , eventualmente, um romance.  Verdade ou não, certo é que o retrato da “muñeca” foi figura emblemática da marca de charutos La Perla.

No que se refere às series, o vitolário das marcas La Perla, La Rica Hoja e La Violeta, ainda que reduzido, contribuiu para valorizar a vitolfilia, cuja cotação é alta.

quarta-feira, 2 de abril de 2014

SANSÃO


A força muscular define-se como a quantidade que um músculo, ou grupo muscular, consegue gerar de força máxima num padrão específico de movimento numa determinada velocidade. 

Força é um dos conceitos fundamentais da Física newtoniana, relacionada com as três leis de Isaac Newton (1643-1727), cientista inglês, é uma grandeza que tem a capacidade de vencer a inércia de um corpo modificando-lhe a velocidade ou a direção. 

Sansão, juiz de Israel (Século XII a.C.), de acordo com a sua descrição na bíblia hebraica, foi um homem nazireu, filho de Manoá, nascido de mãe estéril e que liderou os israelitas contra os filisteus. Distinguiu-se por possuir uma força sobre-humana que, segundo a Bíblia, era-lhe fornecida pelo espírito do Senhor. Subjugava facilmente os seus inimigos e produzia efeitos não alcançáveis por homens comuns
 De acordo com a descrição bíblica, Sansão apaixonou-se por Dalila, uma mulher do povo filisteu. Os governantes filisteus, sabendo da paixão de Sansão pela filisteia Dalila, aliciaram a jovem com 1100 moedas de prata, para que descobrisse a origem da sua força invencível. Há várias versões sobre como Dalila veio a saber que a força provinha do seu cabelo. A filisteia terá cortado parte do cabelo a Sansão que, entretanto, foi dominado pelos soldados a quem perfuraram os olhos e prenderam com algemas. Exposto e humilhado publicamente foi amarrado a dois pilares do templo. Ajudado por Deus, num esforço titânico, fez ruir os pilares do templo e todos pereceram.     

sexta-feira, 3 de janeiro de 2014

CONQUISTADORES DA HISTÓRIA


ALEXANDRE III da Macedónia, dito o Grande ou Magno (356 a.C.- 323), foi o mais célebre conquistador do mundo antigo. Nascido em Pela, antiga capital da Macedónia, é filho do Imperador Felipe II e da rainha Olímpia. Foi discípulo de Aristóteles que lhe transmitiu a cultura grega, tomando Aquiles como modelo, pelo aperfeiçoamento do espírito junto ao do corpo, adquirido na prática de exercícios físicos  e da equitação.

Conquistou um império que se estendia dos Balcãs à Índia, incluindo o Egito e a Báctria. A importância de Alexandre para o mundo antigo foi enorme igualmente sob o ponto de vista cultural. Foi o responsável por divulgar a língua e a cultura gregas pelas regiões conquistadas.     

NAPOLEÃO BONAPARTE (1769-1821) foi um grande líder político e militar. Sendo o segundo de oito filhos do advogado Carlo Maria Bonaparte e de Maria Letícia Remolino, de ascendência da nobreza italiana, nasceu em Adjaccio (Córsega).

 A revolução francesa (1789-1799) representou a oportunidade perfeita para Napoleão alcançar o seu objetivo, tornando-se imperador em 1804. Realizou uma série de batalhas, conquistando novos territórios para a França: Itália, Holanda, Polónia, Áustria, vários principados da Alemanha, Espanha e Portugal. Após o bloqueio de todos os portos continentais aos barcos ingleses, a que Portugal não aceitou colaborar, daí resulta a sua invasão (em 1807, 1809, 1810) e, consequentemente, a fuga da corte portuguesa para o Brasil (1807).
 
 
Mas nem tudo foram vitórias de Bonaparte. A derrota no mar (Trafalgar, 1805) e em terra (Waterloo, 1815), pelos ingleses e pela desastrosa retirada da Rússia (1812), onde encontrou Moscovo já incendiada, foi um colapso à sua hegemonia.
 
Exilado na ilha de Santa Helena, aí veio a falecer em 1821.      
 

quinta-feira, 2 de janeiro de 2014

Pio X

A temática religiosa também é apanágio da vitolfilia. Diversas fábricas de charutos abordaram o tema, reproduzindo imagens dos Papas, dos Santos, da arte e dos trajos, os escudos pontifícios, catedrais, abadias e conventos. 

Pio X, de seu nome de batismo Giuseppe Melchiorre Sarto (1835-1914), foi o 257º Papa. Era o segundo de dez filhos de uma família rural da província de Treviso (Itália), tendo nascido na pequena aldeia de Riese. Ordenado em 1858, estudou direito canónico e a obra de São Tomás de Aquino. O seu pontificado decorreu desde 1903 até à sua morte, em 1914.

Pio X introduziu grandes reformas na liturgia e codificou a Doutrina da Igreja Católica. Promoveu o estudo do canto gregoriano e do catecismo. Ficou conhecido como o “Papa da Eucaristia” e foi o primeiro Papa a ser canonizado (1954), desde Pio V.

O primeiro Papa da Igreja Católica foi Simão Pedro, um dos doze apóstolos de Jesus Cristo. Nascido a 10 a.C., exerceu o seu pontificado entre os anos 30 e 67 do século I, assumindo a função de líder do Cristianismo logo após a morte de Jesus. Perseguido pelos romanos, que na época adoravam vários deuses, foi cruxificado e sepultado nos arredores de Roma.