Carmen, ópera cómica em quatro actos do compositor francês Georges Bizet (1838-1875), com libreto de Henri Meilhac e Ludovic Halévy, baseada na novela de Prosper Merimée (1803-1870), estreou em 1875 na Opera-Comique de Paris.
Carmen, é a cigana que usa os seus talentos de dança e canto para enfeitiçar e seduzir vários homens. D. José, cabo do exército, é um homem honesto e decente que, ao envolver-se
com Carmen, torna-se um marginal. Micaela, noiva de José, tenta resgatá-lo da vida destrutiva que ele levava com Carmen. O primeiro acto começa numa praça de Sevilha, onde existe uma fábrica de tabaco e um quartel.
A novela de Prosper Merimée (1847) narra a história de uma bela cigana infiel, que é morta pelo amante, um oficial espanhol. A personagem Carmen rouba e incita a crimes e, quando é assassinada, não tem a morte triunfal da que aparece na ópera.
O filme de Carlos Saura de 1983 conta a historia de um grupo de teatro que tenta realizar um espectáculo baseado na obra Carmen de Bizet, mas o real interage com a fantasia e a história de amor. Durante o processo, o coreógrafo apaixona-se pela dançarina principal do elenco e é quando a realidade e a ficção se confundem
A Carmen do filme de Vicente Aranda (2003) é uma bela e sedutora cigana (Paz Vega) que trabalha numa fábrica de charutos. José (Leonardo Sbaraglia) é um honesto e religioso sargento do exército espanhol que se apaixona loucamente pela cigana e, por amor a ela, se vê envolvido com um grupo de contrabandistas. José, com ciúmes de Carmen que se apaixonou por um toureiro, vive uma tragédia que o levará à decadência e à perdição.
Na abordagem ao tema, o fascínio das ciganas pelos militares e as histórias de vida de Carmen divergem no comportamento da personagem, tornando-as diferentes. A Carmen da ópera é uma heroína, possui força e nobreza por seguir os seus desejos; a do livro revela uma personalidade caracterizada pela marginalidade; a do filme é uma mulher comum.